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A rocha.

A rocha.

A rocha, com sua resistência, só vai sentir a gota d ‘ água com o tempo. Do mesmo modo, só vamos perceber o peso das nossas ações no decorrer do caminho. Essa dificuldade que temos de estar conscientes nos coloca em situações complicadas. Perdemos muito por não acreditarmos que a vida só existe no agora. Como já sabemos, a mente associa o tempo todo com memórias já vividas, para que possamos enxergar a realidade. Um dos fatores mais negativo da mente é generalizar. Por exemplo, se uma mulher do passado me fez mal, traiu a minha confiança, é muito provável que, no futuro, eu expresse a ideia de que as mulheres não são confiáveis. Uma segunda abordagem também rotineira que a mente nos prega é a sede de vingança. Vamos usar novamente o exemplo da traição. Se somos traídos, o desejo que aflora é dar o troco na mesma intensidade. É a velha máxima : “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Temos que mudar isso. Essa associação da mente traz muito sofrimento. O ego detesta se sentir inferior. Toda essa ilusão que vivemos, de que somos superiores, distorce totalmente a realidade. Quando vemos uma pessoa totalmente feliz, em paz consigo mesma, o que vem na mente? Essa pessoa deve ter ganhado muito dinheiro ou está namorando uma pessoa bem sucedida. O que quero dizer com isso? Que o ser humano associa a paz interior e a felicidade ao materialismo. Durante esse caminho que percorri na vida, passei por um momento muito interessante, talvez o mais forte que vivi na minha vida. Eu fui viver a experiência de deixar tudo para trás. Tudo mesmo. Telefone, endereço fixo… e senti uma unidade comigo mesmo. A mente não podia associar que a fonte daquela paz interior fosse alguma coisa material. Nós somos a maior riqueza. Tudo que precisamos está dentro de nós. Temos que sentir segurança em tudo que o universo nos deu e continua nos dando a cada dia.